Taekwondo | História

As artes marciais coreanas tiveram a sua origem séculos antes do nascimento de Cristo, e desenvolveram uma enorme variedade de armas. Todas as armas usadas em combate eram incluídas como parte do treinamento militar. Somando-se a tais habilidades complexas, as possibilidades e vantagens das armas corporais naturais não eram ignoradas, e as habilidades de combate sem o auxílio de instrumentos também eram valorizadas. Dessa forma, um ramo da ciência militar baseado nas armas naturais (punhos, mãos e pés) foi estabelecido. Conhecido primeiramente como su bak , e depois, através dos séculos, chamado de Kwon Bup, e então Tae Kyon, foi uma parte vital do treinamento de um guerreiro. O nome Tae Kwon Do foi escolhido em 1955 por um grupo de líderes da arte, e foi adotado oficialmente como esporte nacional da Coréia pelo presidente da República da Coréia em 1965. 4.300 Anos A história da Coréia é tão longa e excitante quanto a história do Taekwondo. O lendário rei e soldado “Dan-gun” reuniu várias tribos em um reino unificado, 23 séculos antes do nascimento de Cristo. Esse reino, fundado no ponto alto da história egípcia e séculos antes da fundação do Império Romano, durou mais de 12 séculos. Em seguida, os três reinados emergiram - Koguryo (37 a.C.- 668 d.C.), localizado na Mandchúria Sulina e Coréia Setentrional; Paekje (18 a.C.- 600d.C.), às margens do rio Han e a sudoeste da Coréia; o Silla (57 a.C.- 936d.C.). Achados arqueológicos, tais como pinturas nos murais das tumbas reais da dinastia de Koguryo, as esculturas em pedra de pagodas de templos produzidas durante o período Silla, e documentos escritos na dinastia Paekje, mostram muitos estudos de posturas, habilidades e movimentos de luta que lembram bastante as posições e formas atuais do Tae Kwon Do.

Hwa rang-do e Dinastia Silla (ac - 688 DC)

Na dinastia “Silla”, sob o comandado da monge “Wonhyo” treinava-se jovens nobres e a elite para fortalecer corpo e mente, semeando e plantando a alma de patriotismo. “Hwa rang-do” é a arte do combate livre, com regime rígido e devoção reino, pais, companheiros e de suma importância moral aos que queriam se tornar guerreiros. Os jovens aristocratas guerreiros treinaram ferozmente sobre montanhas e rios gelados até a época da união da península coreana. O código de honra no qual o grupo se baseou foi:

• Lealdade à nação e ao rei

• Respeito e obediência aos pais

• Fé nos amigos

• Coragem na batalha

• Repúdio à violência e mortes desnecessárias.

Várias descrições dispersas por documentos escritos dos três reinados mostram que Hwa rang-do não somente julgava o estudo do combate desarmado como uma parte essencial do treinamento físico e militar, incentivo ao patriotismo, como também o recomendava como atividade recreativa para os jovens.

Dinastia Koryo (935 D.C.- 1392 D.C.)

A Dinastia Koryo foi estabelecida através de Wang Kwon. Wang Kwon veio de uma família nobre de Silla e tinha muito talento militar e base para ao chegar ao poder. O budismo era a religião dominante e influenciava espiritual e socialmente. Nesta dinastia, o estudo do combate desarmado ganhou maior popularidade, e praticado tanto por militares como pelo público em geral. Foi neste período que a ciência, pela primeira vez, foi organizada técnica e sistematicamente pelos maiores mestres. Os oficiais militares e mestres eram convidados pela família real para realizarem demonstrações e partidas anuais na corte real.

Dinastia Yi (1392 D.C.- 1910 D.C.)

Sob o comando do rei Taejo, fundador da dinastia, o Budismo foi substituído pelo Confucionismo como religião, e tal mudança reforçou a influência chinesa, não apenas sobre as funções oficiais, como também sobre as vidas privadas das pessoas, pois a classe dominante valorizava sobremaneira o estudo clássico chinês, com oficiais civis recebendo um maior respeito que os oficiais militares, tanto socialmente como politicamente. Como resultado, cresceu o desinteresse das pessoas pelas lutas sem armas, e o desenvolvimento técnico do “Kwon Do” (técnicas de mão) ficou estacionado.

Embora não revertendo a tal tendência, o rei Chongjo (1790) ajudou a manter as artes marciais coreanas vivas ao ordenar que Lee Duk Mu escrevesse um texto oficial sobre o assunto. Esse volume, conhecido como “Muye Dobo Tongji”, descreveu e retratou as artes marciais coreanas com extrema clareza, incluindo um capítulo sobre as formas de combate desarmado.

O declínio da habilidade militar prosseguiu. O treinamento marcial e as forças armadas foram negligenciadas. Lutas faccionais internas entre as classes dominantes fizeram com que as defesas nacionais ficassem à mercê. Como resultado, o “Kwon Do” permaneceu meramente como uma atividade recreativa para pessoas comuns. Não havia qualquer instrução de forma organizada, e os ensinamentos eram passados, secretamente, de pai para filho, e de professor para aluno.

O Século XX

No dia 10 de agosto de 1910, a dinastia Yi foi forçosamente dominada pelo Japão e o governo japonês baniu toda atividade cultural coreana, como a fala, o canto, o estudo da língua coreana e a vestimenta (a roupa tradicional). Não somente as atividades culturais, como também, os esportes de equipe e as artes marciais. Em 1913, o Karatê japonês foi introduzido na Coréia , e apoiada pelo regime militar japonês; ganhando certa popularidade até a libertação da Coréia, em 15 de agosto de 1945.

Após a independência da Coréia, vários líderes em artes marciais abriram “dojangs” (escolas de artes marciais) sob vários nomes, como “Kong Soo Do”, “Su Bak Do”, “Tang Soo Do”, “Kwon Bup”, etc. Muitos instrutores, contudo, queriam retornar às formas tradicionais coreanas de combate desarmado. A primeira conferência realizada com o propósito de unificar os “dojangs” e padronizar os métodos dos instrutores, foi feita em julho de 1946, sem sucesso. Mas as tentativas de unificar os diferentes estilos de artes marciais continuaram.
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